Tenho te escondido dos olhares que tememos tanto, e assim às vezes fica tão difícil.
O beijar, o tocar, o sentir. Ouvir. Tornam-se minuciosos em cada ação planejada.
Não preciso gritar pra explorar o que sinto.
O que sinto é intensamente vivido pra ser tão pouco observado! [Engano-me vez ou outra]
Não sei o que digo. Não quero que saibas, mas saibas.
Eu te amo.
Tenho te trancado no meu abismo. Esperando o tempo passar.
Espero. Esperança.
Não morra agora!
Mergulhe sem medo de devorar.
Devora-me.
Pela casa cacos de vidro, o fogo queimando-me na dor do obscuro. As tintas estão manchadas.
Olho no espelho e te observo.
Lavo-me e nada.
Os pássaros riem da minha loucura, as borboletas vivem diante dos meus tormentos.
Não é um dia. Outro dia.
Vez ou outra.
É sempre que você não está.
Eu lamento.
Descrevo o meu pior e mato-me.
Se eu soubesse...
Acho que ainda não sei.
Tudo que faço é para que notes que tenho um melhor
[Não estou me conhecendo agora]
Lá fora o tempo está nublado, fumo para esquentar-me. Bebi.
Bebi. Bebi.
Bebo.
Beberei.
Teu sangue. Sugarei.
Tua alma.
Matarei. [Você] em meus traços.
[De alguém que conseguiu]
Estou tentando me controlar, o vício é mais forte.
Ridículo.
Estou escrevendo para um alguém.
Desconheço. Confudo-me. Eu lírico. Eu. nós
Quem?! Vem. Mantem. Intervém. Tem.
Ter. Obter.
Ser.
Sou.
Torno-me ao grau da psicose.
Desequilibrar patologicamente.
[Desvio do considerado normal]
Emoções. Impulsos.
A mente da gente. Mata. Mente. Engana.
[Se Deus existe eu prefiro nunca conhecê-lo]. E se ele existe sabe e me entende.
Dói.
Acabou meu vinho. Minhas palavras já não se fazem nos sentidos.
Cesso.
Vou me drogar e volto logo. [Ou não] – Despeço-me- .