Eu queria ter o direito de escolher o dia da minha morte.
Estive pensando, Maio não é um bom mês para se morrer,
muitas coisas acontecem no mês de Maio...
Junho até que é legal, pelo menos algumas pessoas teriam
motivo para usar seus casacos de pele, enquanto outras, pelo desespero,
estariam enroladas no lençol chorando nos meus frios pés.
Em Junho, outras contas estarão vencidas sobre a mesa e eu
quero estar ocupada [MATANDO-ME] em meus sonhos e desejos.
Preciso fugir do óbvio. Nostalgia.
Posso matar-me com o cordão do tênis velho, com os
antidepressivos misturados ao Cabernet, ou simplesmente cortar meus pulsos com
os estilhaços de minha alma mórbida e suja, contanto que eu MORRA.
E suma de sua vida, de seus planos.
E suma dos meus medos, enganos.
E caia na brisa do inferno de quem o teme e acredita, ou que
caia em lugar nenhum, contanto que eu MORRA.
Em Junho, morrerei no meu ponto final...