Diz alguém que morre tudo.
Morre a vida no hoje, o amor de ontem.
O sorriso.
A lágrima no lábio morre.
Nada deixa de morrer, então como morrer de forma
digna?
Como viver plenamente?
Tem quem morre em tudo em uma lenta despedida.
Perdendo aos poucos a identidade.
Morre o amor nos diálogos resumidos, nos beijos
gelados.
E qual a lição que fica diante disso?
Morremos nós? Morreram eles?
Valorizamos o econômico e material e assim aprendemos
apenas a sobreviver mesmo morrendo em cada tentativa frustrante.
E é porque morremos que a vida tem valor e os gestos
mais sentidos.
Mas nunca falam sobre isso. E próximo à morte
calamo-nos mais e mais...
A sensação de olhar para a pessoa que você mais ama e a
ouvir dizer que queria a presença de outro por ama-lo mais, é sem dúvida
dolorosamente dolorosa.
Melhor seria se pudéssemos não olha-la, não ouvi-la e
jamais ama-la.
E vivemos o tempo suficiente para não dizer Eu te amo
subitamente ao mesmo tempo.
Diz alguém que morre tudo e enquanto não morre se
ausenta.
Vai e vem, passa e fica pra sempre... Se lembrássemos
de que morre qualquer coisa, talvez aproveitássemos tudo de coisa qualquer.
E agora morreu o sentimento nosso, porque eu preciso
tirar você de mim.
Teu cheiro não deve me agradar, teu jeito, teu beijo e
teu sexo não poderão me corroer.
Fato.
Você se resume em frases e isso mata qualquer opinião
seguinte.
Não, por hoje não vou me preocupar com você, porque no
final você foge você corre de qualquer dor ou amor, pra você nada dá certo e
fugir resolve.
Morre então mais uma vez o resto da minha esperança.
Você não para pra entender, mas gosta de sentir,
observa e ri de cada atitude que surge em questão de outro acontecimento, tudo
é um pressuposto de outra coisa que aconteceu.
As pessoas são ridículas nesse ponto, porque cada um é
diferente do outro.
E eu preciso surpreendê-la?
Me entender não basta?
Então como me sente?
Como tens me observado?
O sol está se ponto e não cheguei ao seu final.
Você é incógnita, não é boa influência, está longe de
ser uma pessoa, tornando-se atormentada, feita de uma alma imensa que não esta
bem onde está e tem saudades... Nunca sabe de você e aí morre o você em você.
Gosto de você e isso explica muita coisa. [ou não]
Muitos não te surpreendem e não fazem a diferença e aí
morre pra você qualquer outro vestígio deixado.
E no fim pra você, eu sou um imenso mistério. . [eu te olho, você me beija e vai embora]
matando qualquer sentimento morto ressuscitado da
alma. Matando meu eu em você!