Quanto tempo dura a tua intervenção?
Se me alegra o desejo
O conhecimento do teu olhar colorido
Numa máscara de faces neutras,
Eu te desejo só com olhar, sem máscaras.
Quero conhecer a imagem que fazes de ti
No reflexo discreto do que consideras ruim,
Numa nuvem de segredo a me contar no ouvido,
Sem dizer uma palavra,
Mas certa de que eu compreendi.
O conhecimento do teu olhar colorido
Numa máscara de faces neutras,
Eu te desejo só com olhar, sem máscaras.
Quero conhecer a imagem que fazes de ti
No reflexo discreto do que consideras ruim,
Numa nuvem de segredo a me contar no ouvido,
Sem dizer uma palavra,
Mas certa de que eu compreendi.
Quanto tempo dura o enquanto?
Quanto tempo temos para consumar uma vontade instantânea?
Diz-me de perto o poder que tem teu toque,
Faz-me sentir-me teu à distância
E me mostra a forma como orbitas os sujeitos da tua vida.
Quanto tempo temos para consumar uma vontade instantânea?
Diz-me de perto o poder que tem teu toque,
Faz-me sentir-me teu à distância
E me mostra a forma como orbitas os sujeitos da tua vida.
Não sou sujeito em orbita,
Não quero ser passagem de tempo,
Não sou pausa para encanto.
Mas adoraria, confesso, ser teu lazer.
Não quero ser passagem de tempo,
Não sou pausa para encanto.
Mas adoraria, confesso, ser teu lazer.
Deixemos, quiçá, o mundo se desfacelar só,
Construindo a trilha sonora de ruído do nosso encontro.
Mitificando o toque à alma, sem ter chego à pele,
Depenando as asas das nossas garças,
Para que voem baixo,
Sem poder tocar o outro.
Construindo a trilha sonora de ruído do nosso encontro.
Mitificando o toque à alma, sem ter chego à pele,
Depenando as asas das nossas garças,
Para que voem baixo,
Sem poder tocar o outro.
Os muros dividirão o chão de concreto liso,
Os tijolos partir-se-ão
Abrindo a terra que lhes concebeu,
Jorrando desmanche nos anteveios.
Nossas esferas logo se conformam em ser a mesma,
Nossas trilhas se repetem sem melodia,
Nossas mesas se vestem sem ter comida
E nossa velocidade se transforma em agonia não vivida.
Os tijolos partir-se-ão
Abrindo a terra que lhes concebeu,
Jorrando desmanche nos anteveios.
Nossas esferas logo se conformam em ser a mesma,
Nossas trilhas se repetem sem melodia,
Nossas mesas se vestem sem ter comida
E nossa velocidade se transforma em agonia não vivida.
Será, enfim, que somos gozos a se concretizar,
Ou só esse platonismo poético que parecemos dispostos a manter?
Ou só esse platonismo poético que parecemos dispostos a manter?
Escritos de D.F