Fomentar as sensações
repentinas de um crime não cometido, reprimir amores proibidos e redimir ao que
não se tem sentido.
Vomitar frases, criar um
novo contexto, mentiras. É tudo que sei da certeza que tenho.
Ainda hoje visitei nossas
juras de amor, e você não estava mais lá, perdi o rumo da proza por ter que
ajudar você, e você ainda não estava lá, perdi tentando te encontrar.
Morreu tudo que restou de
mim na última queda, joelhos marcados de dor. Quem conhece e vive as coisas da
vida chora sangue.
Roubei outro amor, matei
quem queria meu bem, rasguei meus trapos de pele enrugada só pra te ver sorrir.
Chorando construí meu teto
para abrigar suas dores, doía tanto. Ainda dói.
Minha depressão esta
temperada em área ciclônica por uma inapetência à vida e você não se lembrou de
que também teria que me ajudar um dia.
Já não quero o amor, amar a
quem me dê valor ficou fora de moda, já não quero odiar o incerto que faz
chorar, porque a moda não pega. Mas por favor, se lembre, um dia eu estava lá!
Cortei o último fio de nossa
esperança e se me permite pedir, gostaria de não ficar em uma parte da pasta do
seu passado, muito menos fazer parte do seu diário morto! Seja criativo.
Amanhã arrumo um tempo para
jogar fora seus cacos de vidro, mas por hoje já deu, quero invadir um corpo
vagante com sentimentos melosos. Aprendi com você a ferir almas puras.
Outro dia, quando cruzarmos
a mesma calçada, prometo dar um sorriso sincero e não sinta vergonha por saber
que sei que você estará bem. Também estarei tanto quanto você, mas por hoje não
me olhe por um instante, não me implore amores, minha cara venera o ódio.
Outro dia, quando cruzarmos
a mesma alameda, prometo arrumar um tempo para sermos bons amigos, mas por hoje
não atendo suas ligações, saber de você me dá ânsia. Por hoje, quero que
exploda, e não é por não amá-lo mais, ninguém deixa de amar da noite para o dia,
mas é que você nunca estava lá e ontem eu precise tanto do seu amor.
Limpei o nosso quarto,
tranquei tudo que me maltrata, queimei tudo que me deprime, cortei meus pulsos,
minha cota se esgotou e daqui um tempo tudo passa a ser um origami de nós.
Sem palavras encerro o
processo de um esquelético maldito, sem você aqui modelo o que reveste a alma, equilibro
todas as quedas, supero. Sem você aqui. Enojo qualquer narração dramática que
proveste o coração.
Assim, sem mais, somente
entrego um ponto final!